domingo, 10 de novembro de 2013

ANARCO-PUNK: REVOLUÇÃO DENTRO DA REVOLUÇÃO

Por: Vitor Reis

(ANTI) GÊNESE:



As origens do movimento anarco-punk não são tão claras quanto ao estrondo músico-comportamental que varreu o planeta em 1977 denominado movimento punk. Talvez por que a sua gênese foi se formando em bandas que pertenceriam a 2° geração do punk e que denominariam HardCore, não só pelo fato de se diferenciarem da 1° geração mas pelo apelo estético, político e visceral deste.
Porém, se não é fácil datar o início deste movimento fundamental para a continuação da tão falada "cultura punk", pode-se conclamar que bandas como CRASS e Millions Of Dead Cops (M.D.C.), sendo a primeira britânica e a segunda norte-americana, são as mais antigas e propagadoras deste subgênero músical. A relação desta paternidade é clara: Músicas rápidas, barulhentas e de alto teor questionador, no sentido político da coisa. Mas que estavam além disso, uma vez que as próprias bandas se denominavam anarquistas, não pelo puro belprazer de chocar a sociedade, mas por uma alternativa de re-construção desta, se posso colocar nestes termos. 
Um exemplo disso é o fato dos mebros do CRASS viverem em uma comunidade alternativa auto-gestionária(onde alguns deles vivem até hoje !!). Ora, puristas dirão que vivem iguais aos hippies... Mas o hiato de gerações não quer dizer que não comunguem de certas opiniões e hábitos. O M.D.C. apoiava (e ainda apoia) organizações anarquistas nos E.U.A. e do resto do planeta. Nos encartes dos discos fica claro este apoio mútuo.

M.D.C.

CRASS


2° GERAÇÃO DO PUNK( ANOS 80 E A CONTINUAÇÃO DA CONTRA-CONTRA-CULTURA)

Os anos 80 se iniciam como uma década perpassada pela austeridade política e governamental, uma vez que Ronald Reagan e Margareth Tatcher acendem a vela do bolo neoliberal e conservador sendo aceitos de bom grado por políticos militares da estirpe de João Fugueiredo no Brasil. 
Como o punk é uma alternativa (anti)política, mas muito politizadora, a 2° geração do moviemento capitaneada por bandas como CONFLICT, DISCHARGE, DOOM, THE VARUKERS, REAGAN YOUTH, KAAOS; EXECRADORES, PÓS GUERRA, LIXO URBANO e METROPOLIXO são as mais evidentes do Brasil, cada qual usando a arte para simbolizar aquilo que acreditavam: Anarquismo, socialismo libertário, pacifismo, "guerra de classes", ação direta. 
É interessante notar que aqui surge uma cosncientização de nível mais global, onde a participação em diversos grupos de cunho político e ecológico fazem frente contra o neoliberalismo.

DISCHARGE

MODO OPERANDI:

As lições deixadas pelos anarqusitas do passado como Mikhail Bakunin e Errico Malatesta foram bem aprendidas pelos anarco-punks, no que tange ao modo de ação destes. Assim, a ação direta, manifestações, elaboração de periódicos ácratas, autogestão, entre outros fatores anárquicos foram fundamentais na contrução ideológica e de base deste movimento. 
O apoio a causas das "minorias" também possuem um grande destaque, uma vez que a anti-homofobia, o anti-racismo, anti-machismo, apoio a causas ecológicas, veganismo, crítica do Capital em suas múltiplas formas de dominação, enfim: uma nova alternativa ao que solapa os seres humanos.

ANARCO-PUNK EM TERRAS BRASILIS:

Uma vez que o movimento punk chega ao Brasil em S.P. no final da década de 70 e cria adeptos de sua estética corpotamental e musical, nada mais justo do que encontrar também sujeitos que se identifiquel com os princípios anarquistas e com os três acordes que são libertadores da segregação musical. 
Será no início dos anos 90 que grupos ligados às Juventudes Libertárias e Uniões Libertárias que se organizam de modo horizontal e ácrata que estes primeiros indícios de anarco-punk serão vistos(e ouvidos) no país. O Coletivo Altruísta lançaria em 1993 a D.T. Muito Além do Barulho com as bandas METROPOLIXO, EXECRADORES, DESERTOR E ATITUDE CONSCIENTE, sendo o primeiro registro de bandas anarco-punks, que pelo menos se tem notícia. Logicamente, outros grupos surgiriam como PÓS-GUERRA(Com vocal femnino), LIXO URBANO, MISANTROPIA, entre tantas outras que seriam lançadas no L.P. Cenas Anarco-Punks, um registro histórico do moviemento no Brasil,datado de 1995.



TACHAS, ARREBITES E PÃO DE QUEIJO: ANARCO-PUNK EM MINAS GERAIS

Quem é mineiro sabe que Minas Gerais é terra de Milton nascimento e do Clube da Esquina. Mas também é terra de indivíduos tão questionadores quanto estes(cada qual em sua medida de inconformação). Por isso o moviemento anarco-punk não passaria despercebido. 
Em 1992 tive contato com a cultura punk e já fazia parte do movimento.Mas foi em 1994 que junto á alguns amigos formamos dentro da saudosa União Libertária do Sul de Minas Gerais (ULSMG) um grupo de indivíduos que se intitulavam punks e anarquistas, que se denominou M.A.P., ou seja, Movimento Anarco-Punk. Editávamos fanzines (meu aperiódico que fundei em 1993 se chamava "Sem Autoridade") e haviam bandas como ÓDIO REVOLTA, de Milo So,  Robert e Rodolfo, da cidade de Lavras; PROTESTO SUBURBANO de Três Corações e VACA NOISE, grupo de noise grind (se posso falar desta forma) de amigas como Sabrina, Carolina, Dorinha e Fatinha, também de Lavras. Elas não eram anarco-punks, mas vale aqui o registro.
Foi com este grupo que se fizeram vários encontros como o 1° e 2° PUNK UAI, de música e cultura punks do Sul de Minas. Durou pouco tempo, como os grupos devem ser, mas deixou marcas históricas na vida de cada um que paticipou, inclusive da minha.
Foi um espaço de discussões, manifestações e protestos, além da divulgação do ideal anarquista. Tempo que não se perdeu por se passarem quase 20 anos, mas se concretizou nas ações que cada um escolheu para continuar suas vidas.


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domingo, 3 de novembro de 2013

ALERTA ANTIFASCISTA !!!!

O fascismo surgiu na itália de Benito Mussolini na decada de 20 do século passado. Suas concepções teóricas compõe à incitação à guerra, ao fortalecimento do poder do Estado contra o indivíuo, à xenofobia, ao nacionalismo e o culto à pátria como um fim e não um meio, à anti-democracia e consequentemente contrário á liberdade individual e coletiva. Estes ideiais se uniram à causa de Adolph Hitler que, como se sabe, criou um movimento político denominado nazismo que tinha como objetivo primordial a "pureza da raça humana".
Porém, os movimentos de cunho libertário não se calaram perante a balbúrdia nazifascista. Anarquistas, comunistas, operários, livres pensadores e demais antifascistas se uniram na luta contra o avanço da direita. Um exemplo clássico foram as lutas de operários e camponeses na Guerra Civil Espanhola, com participação da Federação Anarqusita Ibérica (F.A.I.) e do Partido Obreiro de Unificação Marxista (P.O.U.M) contra o regime ditatorial de Francisco Franco.


Atualmente, há um crescimento do ideal nazi-fascista, seja em movimentos de juventude, seja nos velhos partidos políticos que defendem veladamente este ideal. Assim, mais do que nunca, a luta antifascista se faz necessária, principalmente dentro da cena HardCore Punk, que sempre se prezou por princípios libertários e anarquistas. A liberdade do indivíduo, o respeito às suas decisões, seu direito de manifestar e além disso, seu direito de organização popular é por demais caro para que seja derrubado por mesquinharias nazifascistas. O reconhecimento do ser humano enquanto protagonista de sua história não deve ser subordinado ao controle político do nazifascismo, que em seus ideiais subjulga qualquer forma de manifestação do livre pensamento. Ademais, já é hora de desmistificar a segregação e o ideal ariano de raça pura, tão falso quanto a personificação do líder como única opção de regulação da ordem social.
Antifascistas Sempre !! Viva a Luta Libertária !! Viva S.H.A.R.P !! Viva ANTIFA !!
Por Vitor Reis

AÇÃO ANTIFASCISTA !!!!!


segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Lou Reed: 1942-2013

Lou Reed se foi... A notícia chegou para mim na Folha de São Paulo que ilustrou a morte do músico em manchete de capa. Primeiro, achei inacreditável. Depois, continuei a achar inacreditável. Pareceu-me irreal... Mas era real até demais.

Lou Reed foi um verdadeiro outsider do rock and roll, um existencialista, um performer, um rocker nato (na medida da rebeldia e transgressão e não na banalidade do rockstar tosco). De seus tempos de Velvet Underground, banda seminal que criou o rock alternativo (e milhares de bandas copiariam sua estética/temática desde os tempos imemoriais,ou podemos dizer,desde os anos 80), até sua carreira solo; Reed sempre esteve na contra-mão do comércio insosso que tomou grande parte do estilo musical que faz moleques e coroas agitarem pelo mundo afora – o rock and roll – e escreveu sobre a vida em seu sentido mais fatídico: a barra pesada das ruas, as drogas, o submundo, os desiludidos, os perdidos, aqueles que nem mais voz tinham... Não serei ingênuo de escrever que Reed queria ser a “voz dos sem voz”, mas ele “pintou” um retrato destas  pessoas em suas músicas. Arrisco a dizer que ele era o Rimboud do rock, sem exageros ou eufemismos... Rude, verídico e virulento na medida certa, este senhor que faleceu no dia 27 de outubro aos 71 anos fará falta ao mundo do rock and roll. A honestidade e a crueza das suas músicas (anti)pop que destilam vivências humanas e febris estarão gravadas nos corações, almas e mentes de gerações, além dos discos que ele deixou. Mas faltará algo... a presença física, e quanto a isso não há o que fazer. Talvez ouvir a música e sentir a presença. Talvez isso baste. Talvez.
Por Vitor Reis



quarta-feira, 19 de junho de 2013

A PÁTRIA QUEIMA AS CHUTEIRAS: PEQUENA ELEGIA PARA UMA REVOLUÇÃO.


O Brasil sempre foi considerado como o país do futebol...  suas conquistas mundiais surgiram à partir dos anos 50 do século XX  com “advento” das cinco copas conquistadas em que o país ficou conhecido como “a pátria de chuteiras”, na frase de Nelson Rodrigues. Jornalistas, locutores, esportistas de todos os países sempre enaltecem a alegria deste país ser um pentacampeão de futebol.
Porém, onde está a felicidade de levantar a taça que não está nas mesas, nos rostos, nos sorrisos... Com certeza não esta está nas escolas onde professores trabalham por salários absurdamente baixos, nem nos hospitais sucateados pelo hipocrátes neoliberal, muito menos na eterna indústria que da sêca que seca vidas e sonhos pelo nordeste afora... Não está no rosto do pai de família que sustenta sua casa com salário mínimo, nem no olhar da mãe solteira que cuida de seus filhos à despeito dos olhares preconceituosos daqueles que julgam a condição de estado civil de uma mulher...
Inacreditável ver que um país que levantou a taça cinco vezes não consegue ser campeão em escolaridade, saúde e distribuição de renda... Mas que pode, de maneira indiscriminada, minar seus próprios torcedores desde a mais tenra infância, seja com a miserabilidade em que submete seu povo ou na violência cada vez mais deflagrada contra as criança e os adolescentes, ainda em termos de culpar estes por tal abuso contra seus próprios direitos !! 
A parte de toda essa situação, no dia 17 de junho em Belo Horizonte, é de fazer tremer de indignação o fato de ouvir um oficial da PM dizer em rede nacional que uma manifestação vai até “onde permitem os limites estabelecidos pela FIFA”.  Sinceramente, isso é inadmissível! Desde quando devemos aceitar que um grupelho esportivo diga qual é o nosso limite enquanto cidadãos? Desde quando devemos nos submeter aos caprichos de uma copa, que não é assistida peça maioria de seus torcedores? Desde quando devemos acatar(esta é a palavra, acatar, ou seja aceitar sem questionar ou parlamentar) que seja gasto de cofres públicos R$ 28 bilhões da copa do mundo até agora? E as necessidades realmente “públicas” como citei acima, de saúde, educação, moradia, alimentação...


Eu diria que esta na hora de radicalizar, ou seja, da pátria queimar as chuteiras !! Boicotar as duas copas e as olimpíadas, fazer com que sua voz seja ouvida, ou pelo menos que a FIFA não ganhe um centavo de um cidadão deste país com seu espetáculo financiado ás custas das pessoas que não tem o direito de ir ver um jogo destes,até por que a renda destas pessoas não permite isso. I
Ironizando os manifestantes, o presidente da FIFA Joseph Blatter declarou que "o futebol é mais importante que a insatisfação do povo". Comentário que chega á ser no mínimo ridículo e desrespeitoso e que deveria se retratado pelo senhor em questão.Ademais, chega á ser lamentável que dois ex-representantes da “seleção canarinho” desprezarem a marcha das ruas em prol do espetáculo insosso desta copa das confederações. Ronaldo “Fenômeno” diz que não sfaz estádio com hospitais e Pelé pede que se esqueçam das manifestações para apoiar a seleção brasileira...Seria cômico para nãos ser trágico... A fala retórica e rebuscada dos dois “baluartes” do esporte se nivela ao discurso mais medíocre da atualidade, tal qual o de Blatter. Mas sabemos o que este discurso significa.  atrelamento ao capitalismo em detrimento aos direitos sociais.
Ao contrário do que Pelé pediu a população, as manifestações estão aumentando e chegando às pequenas cidades e sendo abraçadas pelas mais diversas pessoas... Os gritos de indignação ecoam, os mais variados grupos se unem, de modo apartidário e inclusivo, na busca por soluções que possa transformar estes tempos... Isso nos inflama o peito e nos faz sair ás ruas... Que se queimem as chuteiras e que se destrone o Rei... os tempos são outros e a hora é da revolução !!!

Joseph Blatter - presidente da FIFA

PARA CONHECIMENTO DE CAUSA:




domingo, 16 de junho de 2013

HÁ ALGO DE DIFERENTE NO REINO DA BRASILÂNDIA: MOVIMENTO PASSE LIVRE E AS MANIFESTAÇÕES DE RUA NO PAÍS.

Quem se deparou em frente à T.V. nos últimos dias presenciou no noticiário midiático algo que pode ser considerado como o despertar de um longo sono letárgico e entrópico, tal qual poderia ser roteirizado para um filme de pretensões histórico sociais. Mas não se trata de filme, não se trata de pretensão, nem de estória hollywoodiana... Se trata de manifestações ocorridas pelo Movimento Passe Livre em São Paulo que se estenderam  para o Rio de Janeiro, Porto Alegre, Paraná, Brasília e até nossa pacata e bucólica Minas Gerais entrou na dança: Belo Horizonte se manifestou também. Ente os manifestantes, estão: estudantes, anarquistas,  punks, blogueiros, integrantes da Anonymous Brasil, partidos de esquerda e trabalhadores.
O Movimento Passe Livre questiona o aumento da tarifa para R$ 3,20 no valor do Transporte público da cidade de São Paulo, porém vai muito além disso,pois suas premissas estão no fato de que o transporte deve ser gratuito, de qualidade e acessível á todos os cidadãos. E não é só em S.P. que o transporte público não vai bem, como outras questões também não vão nada bem: Saúde, Educação, Cultura, Esporte(nada de copa das confederações ou do mundo e olimpíada; falo do incentivo ao esporte para a população mesmo), Segurança... Você deve ter notado que coloquei todas estas palavras com letra maiúscula... Isso por que creio que isso seja tão importante e necessário quanto um nome de uma pessoa. São estas palavras que tornam a vida ser possível, além de outras como Amor e Revolução. Me propus à escrever este texto por que fique intrigado com as manifestações... E intrigado não que dizer que desaprovo,muito pelo contrário. Não há nada mais legítimo para o exercício da cidadania do que a manifestação livre de idéias e de concepções, de protesto e de diálogo. Mas como dialogar com o Estado? Como dialogar com o poder estabelecido ? Há diálogo ou há apenas uma voz que ressoa sem ser escutada?



As manifestações estão sendo reprimidas de forma violentamente desnecessária. Deve ser o medo da união popular e da conscientização da população em relação ao que está estabelecido pelos governos e que, uma vez decididos por estes, nada pode-se mudar. Nada mais errático do que achar que democracia consiste nisso. E obre isso, estes artífices a polis são bons em lubridiar. Também deve ser o despreparo de não saber ouvir, de fazer vale apenas o protocolo e o regulamento, dispensando a conversa que pode ser dada entre homens e mulheres de bem. Por que o bem não está apenas em aceitar calado a violência e o acinte... O bem está em dizer não seja de forma delicada ou com um grito de raiva.
A opinião pública poderia estar contrárias aos manifestantes, utilizando como voz a voz da mídia capitalista, de que não passa de um “bando de vândalos, de burguesinhos, de pessoas que não usam o transporte público”... Poderia ser pior em sua fala, vociferando a voz sem voz daquela que ainda permanece como sua corda vocal mais afiada: a mídia. Porém, as manifestações que surgiram desde o início da semana passada tiveram apoio de certa parte da população,que aumentou ao passo de que a polícia atentou contra estes manifestantes de modo cruel e violento, atacando também repórteres, pessoas que não estavam na manifestação, transeuntes,idosos e até grávidas. O advento tecnológico faz com que smatphones, câmeras digitais e as redes sociais transmitam o que acontece no olho do furacão. Não há como dizer que o que aconteceu foi por culpa de uma pedra que um sujeito mais alterado jogou na polícia. Agora, o fato é contado de modo diferente, e temos outra visão alem da viseira de cavalo que tentam nos manipular.


Assim, as lutas do Passe Livre se unem à Luta por melhorias de condições de vida da maioria da população brasileira. Se une ao grito contra os gastos mais que absurdos da copa das confederações, da copa do mundo e das olimpíadas. Se une ao grito de um povo que está cansado das mesmas retóricas políticas e patronais do discurso neoliberal e fascista das grandes corporações. Se une à um desejo de viver melhor. De ter em casa o Pão e na vida a Liberdade. De novo palavras com letra maiúscula. De novo, tão importantes quanto um nome de uma pessoa.
Creio que a vida possa mudar,pois ela é bela e forte ao seu modo, e os tempos estáticos nunca trazem felicidade. Creio que a marcha de um povo nunca é desvalida de propósito. Ao contrário, desvalidos são aqueles que sequer querem entender o outro em seus anseios e angústias, em seus medos e fraquezas.  No momento oportuno, e com as relações mais oportunas ainda, dirão se será necessária a flor ou a pólvora. Espero que seja sempre pela primeira. È mais bela, perfumada e traz beleza. Mas não nos esqueçamos: Uma flor dura poucos dias, e a mudança que ela nos traz deve durar para sempre.

PARA CONHECIMENTO DE CAUSA,ACESSE OS LINKS ABAIXO:






domingo, 3 de março de 2013

ENTREVISTA COM MIRO DE MELO, BATERISTA DAS BANDAS LIXOMANIA E 365 !!



Realmente, foi uma surpresa esta entrevista!! Foi através do facebook (bendita tecnologia) que contactei o Miro e ele foi muito prestativo e atencioso com minhas perguntas. Foi na manhã deste domingo que ele me concedeu esta entrevista e não posso deixar de agradecer a boa vontade dele !! Miro tem a simplicidade dos ícones bravios do punk rock!! Confira suas idéias nesta conversa exclusiva para o blog DECIBÉIS ALTERNATIVOS !!


Miro,você é um dos precursores do movimento punk no Brasil, haja vista sua participação em bandas como LIXOMANIA e 365. Como foi essa história do punk rock para você, ou seja, como tudo surgiu?  Como se formaram as bandas LIXOMANIA e 365 ?
O lixomania é de 79 eu entrei em 1981 e gravei o compacto. A banda durou até 1983 e retornou as atividades em 2004 e estamos fazendo shows até hoje. O 365 eu formei e fui fundador em 1984 e estamos até hoje fazendo shows.

O LIXOMANIA lançou um compacto nos anos 80 que hoje é raridade... Você, naquela época, imaginava que a influência do LIXOMANIA seria tão grande? E como é para você saber que garotos e garotas de 15 anos curtem o som que você fez há 30 anos?
Passaram 30 anos e parece que foi ontem. Gravei discos com a Lixomania e vários com o 365, fiz acredito que mais de 1500 shows, viajei o Brasil inteiro e ainda tenho no sangue este espírito que é ser rockeiro e nunca se acomodar e achar que tá bom... eu acho que ainda posso produzir coisas boas até onde Deus permitir.

A canção “São Paulo” do 365 é um clássico do rock paulista e brasileiro... Eu, que sou mineiro, imagine, canto ela à plenos pulmões !! Como é para você tocar uma música que está inserida no imaginário coletivo do rock and roll nacional ?
Sempre emociona quando tocamos está canção... Ela deu certo pelo sentimento e a junção da letra com a música e para quem vive nessa metrópole louca que é SP,que é mais amada que odiada,por quem nasceu,cresceu e vive seu cotidiano.

 Outra canção da qual eu gostaria de saber sua opinião é “Grandôla, Vila Morena”, considerada um “hino” do movimento de esquerda de Portugal. Você tem um posicionamento político? Quero dizer, você se considera de esquerda ou anarquista? Fale um pouco sobre isso...
A versão da Grandola foi uma brilhante idéia do Ari Baltazar(guitarrista do 365), pai dele também é musico e sabe como é, sabemos da importância que foi está época para o povo de Portugal.Politicamente eu acho,enquanto tiver este desnível social,que gera muita violência e conflitos não teremos um mundo melhor,sou da opinião que dividir é somar. Se isso é ser da esquerda ou anarquista politicamente eu me encaixo.

No encarte do CD “Do Outro Lado do Rio” do 365 há uma menção ao Centro Organizado De Tratamento Intensivo À Criança (C.O.T.I.C.). Qual é o trabalho desenvolvido por esta ONG ??
A Cotic é presidida pela minha irmã (Sra.Margarida de Melo) e ampara crianças com PC(paralisia cerebral e outras patologias). Elas chegam através de maus tratos,abusos e riscos sociais. A Cotic recebe vários tipos de doações,v se quiser saber mais acesse www.cotic.org se você for de São Paulo visite no endereço Rua do Horto,805 - na Zona Norte.

Recentemente, Douglas Viscaino, guitarrista da RESTOS DE NADA, faleceu precocemente. Há dois anos, Redson do CÓLERA também nos deixou. Sei que estes homens são mais do que personalidades para você, que são amigos... qual o sentimento que te afligiu quando soube da morte deles ?? E na sua opinião,qual o legado que deixarão ?
São duas grandes personalidades e seres humanos extraordinários,infelizmente muito difícil de se encontrar em nosso meio. Artisticamente influenciaram muitas pessoas da minha geração e eu sou um deles,pois aprendi muito com eles e só tenho que agradecê-los.


Ainda não tive o prazer de ler seu livro intitulado “Miro de Melo: 30 anos de Rock.” Qual sua expectativa para a divulgação deste novo trabalho ??
O livro foi uma idéia inicial do Edson Luis Rosa que é o autor. Ele é baterista e está envolvido com música a muitos anos também, é conhecedor do trabalho da Lixomania e do 365.Estou surpreso com a repercussão e direção que tomou este trabalho e confesso que não esperava, mas estou muito feliz,pois tenho meu reconhecimento em vida.

Alguma novidade com o 365? Algum novo trabalho à vista?
O 365 está com 80% do trabalho pronto. Acredito que até o fim do ano temos novidades,estamos muito contentes com as músicas novas e com conhecimento de causa, posso dizer que será o melhor trabalho da Banda. Eu, Roberto,Ari e o Neto estamos muito empenhados a fazer o melhor pois capacidade nós temos e se Deus quiser(e ele quer) presentearemos os nossos fãs com um grande trabalho, cinco músicas novas já estão em nosso Facebook (Banda 365) é só conferir!!

Miro, foi uma honra te entrevistar para o blog DECIBÉIS ALTERNATIVOS. Deixe uma mensagem final para nossos leitores...
Agradeço o espaço e abraços a todos.

Página no Facebook:
https://www.facebook.com/pages/Banda-365/221169767922303

C.O.T.I.C.
http://www.cotic.org/




Vídeo de "Grândola, Vila Morena" e de "São Paulo", ambas da banda 365

domingo, 24 de fevereiro de 2013

DOWNLOAD: FANZINE DESENTERRANDO O PUNK MG







O fanzine "Desenterrando o Punk MG" é editado por Rafael Carvalho Silva e Thaína Reis, casal punk rocker que está na batalha pelos ideais anarquistas e libertários do Hardcore Punk. A idéia do fanzine, segundo Rafael, surgiu da necessidade de divulgar a cultura punk do estado das Minas Gerais.
Rafael e Thainá ainda são organizadores do "World Trash", festival que reune bandas da cena independente e alternativa da região, abrindo espaço para a divulgação do underground. E, além disso, são incanssáveis na divulgação do estilo de vida hardcore punk, já que possuem a loja virtual Doomed Rockstore, onde vendem camisetas, bottons, patches entre outros ítens.
A primeira edição do "Desenterrando" traz matérias sobre as bandas Securitate, Smash, entrevista com o Geléia e também uma entrevista comigo sobre a cena hardcore dos anos 90 e a ULMG. Muita informaçã, música e cultura de qualidade !!

Faça o download do Fanzine Desenterrando:
http://www.4shared.com/office/18hYsO7s/Zine_Desenterrando_1Edicao.html

Visite a Doomed Rockstore:
https://www.facebook.com/DoomeD.RockStore?fref=ts


Thainá Reis e Rafael Carvalho Silva, editores do Desenterrando o Punk MG, Organizadores do World Trash e proprietários d a Doomed Rockstore. Isto que é amor à causa punk. 

domingo, 17 de fevereiro de 2013

ENTREVISTA: ATACKE NUCLEAR




A banda Atacke Nuclear é de Três Corações/MG e levanta a bandeira do Trash Metal/Crossover sul mineiro com muita atitude, glória e resistência, como eles mesmos definem !! 
Prestigie a entrevista realizada com Iuri Gregori, guitarrista do Atacke Nuclear !!

É uma honra entrevistar uma das bandas mais “resistentes” do underground sul mineiro, o ATACKE NUCLEAR !!
Iuri, você pode nos contar como e quando o ATACKE NUCLEAR se formou ??
R: O atacke se formou em dezembro de 2005 com á proposta de executar  um thrash metal/crossover sem perdão, de muita honra e resistência em português...

E como era o cenário underground neste período ?
R: nesse período o cenário aqui já estava á beira do tumulo, graças ao Atacke Nuclear hoje podemos ver novas bandas se formando por aqui,a  juventude se informando etc..

Quais são as principais influencias da banda ?
R: Nuclear Assault,DRI,Excel,Sepultura,Metallica,Taurus,Metralion etc...nata de 80...

Sei que o ATACKE NUCLEAR tem um posicionamento anti-fascista e libertário... Vocês tem alguma participação em movimentos populares ?
R: Diretamente por aqui não, lutamos mais sozinhos através de nossas músicas, ganhando terrenos através da propagação do áudio...

Pelas letras da banda, nota-se um conteúdo de protestos sociais... vocês tem o costume de ler algum intelectual específico ??
R: Nossa letras são baseadas no dia-dia urbano ...

Vocês possuem algum posicionamento político ??
R: NÃO...

É notório o crossover de heavy metal, thrash metal e hardcore na sonoridade do ATACKE NUCLEAR... Vocês sofreram algum tipo de preconceito por parte de fãs mais radicais ?
R: não, como o D.R.I. fez,conseguimos colocar nosso respeito até perante os radicais...

Tiveram alguma dificuldade pela banda tocar crossover ?Qual a atitude que tomaram para manter-se fiéis ao estilo ??
R: honra e atitude e glória...

Para terminar, quais os planos futuros da banda ??
R: Estamos começando á compor nosso 3° disco que virá mais poderoso e árduo...

Iuri, obrigado pela entrevista... Deixe uma mensagem para os leitores do DECIBÉIS ALTERNATIVOS...
 R: Aos leitores deixo nosso grande abraço, e saibam que o atacke nuclear está com os reais da old school até á morte. MOSH OR DIE...

RAIO X DA BANDA:
Sergio Morais - Vocalista
Iuri Gregori - Guitarrista/Backing Vocal
Luiz Otávio - Baixista/Backing Vocal
Eduardo Lemos - Baterista

Discos: 
Massacre Infernal
Caos Mundial



domingo, 20 de janeiro de 2013

3° WORLD TRASH EM PASSOS- MG

O mês de janeiro começa com pogo e slam dancing em Passos-MG com o festival  3°WORLD TRASH !!! Idealizado por Rafael Carvalho e Thainá Reis, o encontro de bandas será no dia 26 e contará com a presença de Mad Sneakers, All Random, Securitate, Pesadelo Brasileiro, BLAA, Radiação, Cabeças Voadoras, Ilussions Corporations, D`Funtos e Dom Ramons... 
O ingresso custa R$ 12,00 mais um brinquedo usado que será doado para a APAE de Passos... Caso você não leve o brinquedo, o ingresso será R$ 15,00. Mais uma prova de atitude e de que o movimento punk se mobiliza por várias causas humanitárias !!
Para completar, quem for ao evento vai concorrer a uma Tattoagem da Sta. Raiva Tatooaria. Também será o lançamento do fanzine "Desenterrandoo Punk MG" que contará com entrevista com o editor do DECIBÉIS ALTERNATIVOS BLOG.
Em breve, publicarei aqui  o "diario de bordo" do 3° WORLD TRASH com resenha sobre os shows, escrito pelo Rafael e pela Thainá, organizadores do evento.