quarta-feira, 2 de novembro de 2011

NO WTO COMBO - JELLO BIAFRA



O NO WTO COMBO foi uma banda formada por jello Biafra, o mítico vocalista da banda Dead Kennedys juntamente com alguns "pesos pesados" do rock alternativo americano: Krist Novoselich (ex baixista do Nirvana e atualmente senador de um partido de esquerda nos EUA), Kim Thayl( ex guitarrista da banda grunge Soundgarden) e Gina Mainwall(baterista da banda Sweet 75 de Novoselich).



O objetivo deste "combo" foi tocar nos protestos de seatle que ficaram conhecidos como "A batalha de Seattle" que ocorreram no ano de 1999, e que mobilizaram vários manifesatantes nos EUA. Quando não se esperava uma reação ao capitalismo, eis que na terra onde ele é mais venerado surgem grupos de resistência aos seus abusos.
O disco que esta disponível para download "Live From The Batlle of Seattle é um registro histórico da noite de 1º de dezembro de 1999, quando o NO WTO COMBO se apresentou no The Central Tavern.

Link para download do disco:
http://www.mediafire.com/?hvzwt0qmtey

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

EM HOMENAGEM À REDSON LOPES POZZI - 1962 - 2011




Na madrugada de terça para quarta feira, Edson Lopes Pozzi, mais conhecido como Redson, vocalista, guitarrista, letrista, agitador cultural, pacifista e integrante absoluto da banda CÓLERA, faleceu de insuficiência cardio-respiratória. Esta noticia me emocionou ao ponto de chegar as lágrimas, várias vezes ao dia, ao lembrar da importância que as músicas de Redson e de sua banda tiveram em minha vida. Sofri um luto, como se tivesse perdido um amigo, como se alguém muito próximo de mim tivesse falecido. Mas acho que seja isso mesmo, pois a música, a arte, a intencionalidade de causar sensações e vivências através das ondas sonoras de acordes que transitam entre tremer os decibéis e ao mesmo tempo levar uma mensagem de paz e de luta aos nossos ouvidos e corações, nos faça ser próximos mesmo. Não há o que explicar na dor de perder alguem que admiramos, e isso foi o que senti ao saber da noticia passada via internet pelo meu velho camarada de tempos da União Libertária do sul de Minas Gerais, Alex Batista, que tenho certesa, sentiu a mesma dor, a mesma frustração, o mesmo vazio que a morte nos deixa ao levar um de nós.
As músicas de Redson eram rápidas, diretas, com letras evocando um utopismo necessário àqueles que buscam um “outro mundo possível”. Não havia ingenuidade em seus “brados”, muito pelo contrário... era latente a forma como suas composições mesclavam o horror da violência imposta ás pessoas e como era vital procurar formas de resolver estas situações, ou de transforma-las, por mais que fosse dificil ou considerado impossível.





A trajetória de Redson e da banda CÓLERA na música alternativa brasileira perpassou trinta e dois anos de engajamento cultural e, por que não, revolucionário. A banda, surgida em 1979, ainda na ditadura civil-militar que assolou as liberdades individuais e solapou o Brasil na violencia de seus porões e suas torturas, era uma resposta ao estado estagnado em que a sociedade da época vivia, pois nos porões onde Redson e seu irmão Pierre mais os amigos Kino e Helinho tocavam suas primeiras composições, já havia o germe daquilo que se chamaria punk rock e hardcore no Brasil. Não considero exagero relacionar a existência da banda CÓLERA com o início do punk neste país. Muito pelo contrário, pois é evidente a posição de luta e de organização enquanto coletivo que esta banda proporcionou no movimento. Um exemplo é o disco "Sub", que segundo Redson relatou no documentario “Guidable - a Verdadeira História dos Ratos de Porão”, o disco era pra ser um compacto do cólera mas que em ultima hora tornou-se um disco-split com as bandas PSYKÓSE, RATOS DE PORÃO, FOGO CRUZADO e o próprio CÓLERA, provando o coleguismo das bandas e a necessidade de se criar uma cena punk no Brasil.
O ativismo social, ecologista e pacifista de Redson e do CÓLERA(agora com Val Pinheiro no contrabaixo e Pierre sempre na bateria) mateve a chama do punk acesa pelos anos 80, lançando discos fundamentais para o estilo como “Tente Mudar O Amanhã”, “ Pela paz em Todo Mundo”, “Verde não Devaste”, além do registro ao vivo “European Tour”, gravado em diversos países da europa, sendo o primeiro disco brasileiro de uma banda independente lançado fora do país. Há ainda o clássico disco-split “Ao vivo no Lira Paulistana”, gravado ao lado dos RATOS DE PORÃO, e relançado há poucos meses em vinil.
Nos anos 90, discos como “Mundo Mecânico, Mundo Eletrônico” e “Caos Mental Geral” foram simbolos da resistência de um moviemnto que não se cala, mesmos através dos mais variados modismos em que o rock atravessou.Val deixa a banda(ele voltaria anos depois) e Fábio assume o posto de contrabaixista, deixando como marca registrada, seus pulos no palco e sua performance cheia de energia.
E no início do século XXI, o disco “20 anos ao Vivo” passou a trajetória do grupo com suas canções-hino. O último album de estúdio, “Deixe a Terra em Paz”, como o título emblemático já denota, traz o CÓLERA mais amadurecido e mais caústico em suas composições, com a mesma preocupação e temáticas que estão na verve punk/hardcore da banda: protesto social, ecologia, denuncias das atricidades e atos de corrupção cometidas pelos políticos, a busca por uma sociedade mais fraterna.Todos os discos foram lançados pela gravadora de propriedade de Redson, a Ataque Frontal Records.


 
Me parece ao que falar da importância de Redson e de sua banda para o cenário hardcore/punk brasileiro, sempre fica faltando algo mais, uma informação que não foi colocada, ou um fato pitoresco a ser comentado. Mas, ao falar da grandiosidade deste músico, sempre haverão outros a contar suas histórias. Como nas mais belas e tradicionais epopéias, sempre haverá alguém, que contará as aventuras e histórias dos heróis, sejam estes do passado ou de nosso presente momento.
Os romanos usavam a expressão “Ars Longa, Vita Brevis” para simbolizar o perecimento da vida e a eternidade da arte... Traduzindo, “A arte é eterna,e a vida é breve”. Com toda certesa, a arte produzida por Redson ficará eternizada nas mentes e corações daqueles que, como eu, cresceram ouvindo suas canções. E esta arte será compartilhada com as novas gerações.
Adeus Redson... obrigado por compartilhar suas canções comigo e com todos os outros que, de alguma forma, no passado ou no presente, ouviram em quartos fechados que o mundo poderia ser maior do que é, e que as utopias são realidades benditas e necessárias.
Descanse em paz, e que Deus te acolha e suas mãos, onde quer que voce esteja agora.


domingo, 3 de julho de 2011

LETRA E MÚSICA :Better Than A Thousand - We Must Believe



Ray Cappo e Granhan Land apresentam o clip de "we must believe"!!

Look at his hair, look at his clothes
Jump to conclusions, but we'll never know
Look at his past, look at his skin
Never knowing the person, but still we condemn
Everyone says "This guy's going nowhere"
Do you think these words will help him grow?
What is the cost to encourage another?
Human potential-we'll never know

We must believe-no one has to be a slave to destiny
We must believe-in everyone's potentiality
We must believe-yes, I believe in your ability

Look at his paycheck, look at his home
Study externals, but still he's unknown
Look at his social circle of friends
Base your opinions on how much he spends
I won't condemn a person for what they were
Or what they are today
We must see each soul as greater
As a sculptor sees a lump of clay

We must believe-no one has to be a slave to destiny
We must believe-in everyone's potentiality
We must believe-yes, I believe in your ability

Yes I believe!

Caught in a crowd of people that think the joy of life
Is to sit around and criticize
And laugh and carryon like nothing's wrong
But nothing's right
Caught in a crowd of people, and it's strangling me
Of a better judgement, because I whole-heartedly believe
That people can change
Change

tradução:


Olhe este cabelo, olhe estas roupas
Ir para conclusões precipitadas, assim nós nunca saberemos
Olhe para seu passado, olhe para sua pele Nunca conhecer a pessoa, mas ainda sendo condenado
Todo muno diz "Esse cara é indo a lugar nenhum"
Você acha que estas palavras irão ajudá-lo a crescer?
Qual é o custo para encorajar o outro?
Potencial humano: nós nunca sabemos

TEMOS QUE ACREDITAR, ninguém tem que ser um escravo do destino
TEMOS QUE ACREDITAR no potencial de todos
TEMOS QUE ACREDITAR-sim, eu acredito na sua capacidade

Olhe para seu salário, olhe para sua casa
Voce tem estudo, mas ele ainda é desconhecido
Olhe para o seu círculo social de amigos
Base de dados de suas opiniões sobre o quanto ele gasta
Eu não vou condenar uma pessoa por aquilo que foram
Ou o que são hoje
Devemos ver cada alma como uma maior
Como um escultor vê um pedaço de barro

TEMOS QUE ACREDITAR, ninguém tem que ser um escravo do destino
TEMOS QUE ACREDITAR no potencial de todos
TEMOS QUE ACREDITAR-sim, eu acredito na sua capacidade

SIM EU ACREDITO!

Pego em uma multidão de pessoas que pensam a alegria da vida
É sentar e criticar
E rir e continuar como se nada estivesse errado
Mas nada é certo
Pego em uma multidão de pessoas, e me sinto estrangulando
Mas busco um melhor juízo, porque eu acredito de todo o coração
Que as pessoas podem mudar

MUDAR!!!!

domingo, 26 de junho de 2011

PÃO COM DUREX - GRAVAÇÃO DO PRIMEIRO CD DEMO



O dia 24 de fevereiro de 2011 não vai sair fácil da memória de Rafael, Josias, Adrian e Alex, da banda Pão Com Durex. Num sábado calorento típico de nosso verão, estes quatro rapazes de boa esperança registraram em estúdio seu primeiro trabalho, e este editor estava no estúdio bagui para ser testemunha ocular desta estória.
Em praticamente uma hora, o PCD executou seu set de musicas com a rapidez e a honestidade que somente as bandas mais agressivas e peculiares do punk hardcore podem fazer. Ao estilo ramônico das gravações de take one(explico: a banda entra no estúdio e grava de uma vez só e os erros de gravação são consertados posteriormente) o PCD não parou nem um minuto de massacrar seus instrumentos(e meus tímpanos também, hahahaha) convertendo suas canções em hinos de protesto, os quais os fãs do PCD já conhecem dos shows realizados na região do sul de minas.
Foi latente a expressão de alegria destes punk rockers!!! Rafael fica parado com seu contra baixo, milimetricamente executando suas notas. Adrian solta seus berros fazendo que as musicas tenham vida, e Alex toca sua guitarra pulando de um lado para o outro, enquanto Josias parece uma versão punk de animal taylor, antigo baterista do motorhead, e literalmente espanca o kit de bateria. Pobre Pearl !!!!!
Eu mesmo não me contive e em musicas como “falsos revolucionários” e “será que vai ser sempre assim” e comecei a pogar dentro do estúdio (ainda bem que o Bagui não viu isso!!!) tamanha era a energia da banda ao tocar suas músicas. Em um ritmo acelerado, bem ao estilo do hardcore norte-americano(mas que fique bem claro que estes rapazes têm personalidade musical), o Pão Com Durex registrou seu primeiro trabalho em estúdio. A banda tocou alguns covers, mas o que prevaleceu foi “coexistência do caos”, dos brasilienses do D.F.C., nitidamente a maior influência dos punk rockers.
Foi um sábado maneiro, e fui privilegiado ao presenciar a gravação dos caras. Ainda mais que depois da “record sessions” fomos pra casa do Rafael tocar punk rock no violão. Sinceramente, um verdadeiro túnel do tempo pra este punk rocker trintão !!!




P.C.D. no estúdio com o editor do blog DECIBÉIS ALTERNATIVOS:




Quer ouvir essa barulheira toda ?? Atormentar seu vizinho ?? Meditar sobre os ruídos do P.C.D. ? copie o link e "cole" no seu navegador:

http://www.4shared.com/account/file/p13U5UGM/PCD_.html

sábado, 25 de junho de 2011

QUEM PRECISA DE ROCKSTARS ?????




Primeiramente, gostaria de esclarecer que este texto dará nome aos bois, como poderia de se esperar do título, bem ao modo de um texto com influências punks ou alternativas. Busco aqui, também fazer uma reflexão do tema, e apontar alguns de meus pensamentos sobre este instigante assunto.
O rock and roll sempre foi ligado à grande indústria... Seja ela fonográfica ou cinematográfica, as origens mercadológicas deste estilo musical sempre corroboraram pela mercantilização de uma rebeldia vendável, que fosse atribuída ao sistema de modo cômodo. É claro que o rock and roll surge nos anos 50 do século vinte como um filho mestiço do blues negro e do country branco norte americano, o que por si só já daria uma tese sobre o tema, pois como seria possível conciliar dois gêneros distintos da terra do “bravos colonizadores” de tio Sam ?? Somente a libido e a necessidade evolutiva da boa musica podem explicar, em uma genealogia que considero extraordinária.
O fato de estar ligado à indústria não quer dizer que a rebeldia seja estéril ou sem sentido... Elvis Presley era um aríete no palco, e deu trabalho em suas performances, mas acabou por ficar á mercê se sua lenda e de sues filmes. Os Beatles começaram ingênuos e terminaram por declarar, na figura mítica de John Winston Lennon, que o sonho tinha acabado. E os Rolling Stones... bom, os Rolling Stones não estavam nem aí com nada, a não ser que ganhassem dinheiro. E mulheres. E outras coisas mais. E pronto. Em poucas linhas acabam cinqüenta anos de história de um estilo que fez barulho ?? Creio que não....
Mesmo que o rock and roll fosse (e foi) assimilado por uma indústria cultural que apenas pretendesse (e pretende) vender produtos, sempre vai haver um lado B da história... Músicos endiabrados e enlouquecidos como Gene Vincent, Duanne Eddy e grupos como The Troggs vão estar nas garagens da memória e se substancializarão nos moleques da atualidade que sentem vontade de fazer barulho... e na evolução da espécie musical, o mais inventivo vence... os outros, digamos rockstars, ganham dinheiro e fama... que se deixe pra lá...
Taí que o rock alternativo é praticado pelo lado B dessa estória, e nem sempre é bem compreendido, e talvez nem queira... penso que o marco zero disso tudo esta no movimento punk e na sua ânsia por destruir tudo e todos, e acabou por quase destruir à si mesmo, se não fosse o posteriormente o hardcore tomar as rédeas e surgir alternativas como o straight edge punk e a aglutinação da musica de três acordes aos esportes radicais, á política de esquerda radical, ao sentimento de pertencimento á algum lugar no mundo – e é maravilhoso você, aos quinze anos de idade, saber que não é o único á usar tênis velho, calça rasgada e camiseta dos Ramones perambulando pelas ruas da cidade procurando á si mesmo. De repente, surgem amigos na mesma condição, ou seja, aqueles caras que cresceram jogando atari com você estão prestes á montar uma banda. Moleques simples, sem nenhuma pretensão, que apenas querem tocar o bom e velho rock and roll investido de outras cores e outra temática... é necessária uma boa dose de utopia e de descenso comum para recriar isso tudo dentro da musica, e é claro, ouvir as mesmas patetices de quem não entende nada: “São um bando de vagabundos “ , “isso aí é só barulho” , “não vai dar em nada”. E na boa, que não dê em nada mesmo !!!! O sublime esta em gastar poucas horas por um divertimento que te dê algum sentido da púbere existência, e que você vai levar contigo pra vida toda. Eu passei dos trinta e escuto os mesmo discos com a mesma emoção e estes continuam á ser relevantes... É engraçado pensar que as fitas cassetes que eu gravava há uns dezessete anos atrás podem ser aposentadas com o bendito mp3, e por meio da internet, encontrar bandas do outro lado do planeta em poucos minutos de descarga de ficheiros!!! E além disso, poder conversar via net com os próprios autores das musicas!!
A tecnologia esta democratizando o mundo da música, encurtando a distancia do palco e da platéia, fazendo com que pessoas comuns produzam sua arte, seja musical ou poética, e eu me arrisco a dizer que não necessitamos mais de rockstars!!! Pra que toda esse cômoda alienação e tietagem se podemos nós mesmos fazer nossa produção alternativa ?? Tudo a ver com o que feito nos anos 70, naquela linha do tempo em que chamamos de movimento punk e de D.I.Y. ou faça-voce-mesmo... como se dizia por aí, “nada se cria, tudo se copia...” mas um passo para a evolução está na apropriação da cultura pelos próprios envolvidos.
Creio que é saudável, de tempos em tempos, a música se reestruturar de modo diferente e digno, longe dos refrigerantes, das calças justas e da mesmice que é imposta com a moda, seja lá como for que ela venha. Ainda devemos estar no controle daquilo que queremos para nossas vidas. Pode ser um sonho, apenas palavras, dirão alguns. Outros mais radicais ficarão revoltados com este texto, talvez ate me censurem por magoar as prima-donas do rock clássico, mas estes mesmos sabem que é necessário um tumulto para que as coisas fiquem em seus devidos lugares. Se não, gostaria de encontrar a máquina do tempo de Sir H.G. Wells e voltar no espaço tempo para os idos de 1992, precisamente quando escutei Ramones pela primeira vez... hey Ho! Let´s Go!! Naquele dia, descobri que nunca mais iria acreditar em rockstars... Aliás, pra que é que lês servem mesmo ???

P.S. A foto que ilustra o texto é dos Dead Kennedys, em sua formação clássica e em foto hilária. Sempre irreverente, caústica e crítica, tanto com a música comercial quanto ao próprio underground!!!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

LETRA E MÚSICA: Expresso da Escravidão + Poluição Atômica - Ratos de Porão




EXPRESSO DA ESCRAVIDÃO

A degradação tem o seu preço
de trecho em trecho para trabalhar
a liberdade em troca de miséria
mancada seria pode matar
a soma de toda pobreza
desmoraliza o social
mão de obra farta escravizada
direitos humanos é opcional

Refrão:
Quanto custa um homem no expresso da escravidão ? no
Brasil !
escalado pelo tal de gato
explorado pelo fazendeiro
meses, meses, meses de trabalho
enganado e nada de dinheiro
objeto descartável coagido pelo medo
latifúndio escravagista
opressão pelo desespero

Refrão:
Quanto custa um homem no expresso da escravidão ? no
Brasil !
escravidão contemporânea no Brasil !!!

POLUIÇÃO ATOMICA

Sujeira no ar
Não consigo mais respirar
Falta oxigênio
Falta ar puro pra se poder
respirar
NÃO HÁ SOLUÇÃO, NÃO HÁ SOLUÇÃO
PRA ESSA POLUIÇÃO ATÔMICA!
O homem polui o ar
POrque ele não consegue pensar
O ser humano quer se auto destruir
NÃO HÁ SOLUÇAÕ, NÃO HÁ SOLUÇÃO
PRA ESSA POLUIÇÃO ATÔMICA!

domingo, 22 de maio de 2011

FLEA FALA SOBRE O PUNK ROCK NOS ANOS 80




Michael Balzary, ou Flea, como é mais conhecido, é o mítico baixista do RED HOT CHILLI PEPPERS. Pra quem não sabe, o Flea iniciou sua carreira musical tocando trompete na escola e mais tarde tocando contrabaixo com a lendária banda punk FEAR. Segue abaixo relato do músico sobre o punk rock nos anos 80...


“Todas as bandas eram completamente diferentes – o Butthole Surfers, o Meat Puppets, Hüsker Dü – Um mar infinito de bandas, que estavam brincando que eram bandas de rock underground, que eram todos artistas, originais, excitantes, diferentes e todas estas diferentes criatividades foram expressos em surpreendentes formas coloridas. Foi uma dinâmica interessante e original. Você nunca sabia o que ia ouvir a seguir.
O que eu acho de ‘punk rock’ agora, muitas vezes, apenas tipo de sons derivados e os mesmos. Há um monte de bandas que eu realmente gosto. Mas isso só parece que ele se tornou uma coisa menor, com mais regras. Tudo é dividido agora.
Como antes, você teria bandas que eram assim… eles podem ser eletrônico, country, psicodélico baseado nos dos anos 60 e baseados em clássicos do rock, ou baseado no krautrock alemão. Eles podem trazer experimental moderno, baseado na vanguarda da música clássica, música africana, baseados no funk. Mas a coisa que trouxe juntos foi um senso de comunidade e um sentimento de vontade de fazer o que quisesse.
Tenho a sensação de que agora sei mais sobre a cena punk rock, o tipo de tocar com todos esses acordes com refrões melódicos e outras coisas que você já ouviu falar muito. E há, provavelmente, uma grande parcela que eu não sei sobre isso, mas isso parece que foi mais do que dinâmico e cobriu uma base muito mais ampla de pessoas fazendo isso para si mesmos.”

domingo, 8 de maio de 2011

CAMPANHA : EU NÃO VENDO INGRESSO !!!




Texto extraído do blog

http://xcontrapondox.blogspot.com/

Esta semana criei uma campanha sobre a não venda de ingressos obrigatória aos membros de bandas por organizadores de alguns eventos, a campanha não esta limitada todos podem participar, todos que não concordam com essa idéia.
Com a venda de ingressos o organizador tem o seu faturamento e nenhum gasto com o evento, ao contrário das bandas que ao vender ingressos, estão na verdade pagando para tocar.
Se você também não concorda com essa idéia, vamos divulgar e aderir a campanha!
Iremos estar divulgando a imagem para que todos divulguem, ponha no seu Orkut, Facebook, Blog, Fotolog, Twitter e outras redes, se você tem banda, divulgue a idéia também em shows, se você é apenas um frequentador desses eventos, BOICOTE, e induza outros a fazerem o mesmo!

Comunidade no falido orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=114196571

Encontre a campanha também no facebook: http://www.facebook.com/gilsonfox


No Twitter use a tag: #naovendoingresso

sábado, 23 de abril de 2011

EM CARTAZ: VERDURADA 2011 !!!!




Um dos mais emblemáticos festivais da cena straight edge acontecerá no dia 5 de junho de 2011na cidade de São Paulo. Para quem não sabe, o verdurada é um evento que discute vegetarianismo, politica, arte alternativa, além de apresentar bandas do meio hardcore/punk, sejam elas straight edges ou não. O Verdurada é realizado de modo auto-gestionário, ou seja, quem trabalha na sua divulgação e no próprio evento faz pela causa vegan, sem apoio de gravadoras ou empresas. A renda do festival é usada no proprio coletivo.No final do show ainda é servido um jantar vegano aos participantes.

VERDURADA - Domingo dia 05/06 as 16h
R$ 10

Bandas:

"Relançando o LP split RDP/Cólera Ao Vivo 1985":
CÓLERA e PERIFERIA S/A
www.myspace.com/coleraoficialwww.myspace.com/periferiasapunkrock

POSITIVE YOUTH
www.myspace.com/positivexyouth

RALPH MACCHIO
http://www.myspace.com/ralphmacchiohc

PUSHMONGOS
http://www.myspace.com/thepushmongos

Debate sobre o movimento Passe Livre.

Jantar VEGetAriaNo após o show e sorteio de Shapes!!!!

Os ingressos ainda não estão à venda. Aguardem mais informações.

XXX POR FAVOR SEM CIGARROS E SEM ALCOOL XXX

domingo, 17 de abril de 2011

ELDORADO DOS CARAJÁS - 15 ANOS DE IMPUNIDADE!!





Carajás 15 anos, o massacre presente

Aniversário da chacina lembra a necessidade de punição aos assassinos e de tratamento e indenização às vítimas
15/04/2011

Márcio Zonta
de Eldorado dos Carajás (PA)

Reportagem publicada no jornal Brasil de Fato - Abril de 2011


Ao andar pelas ruas da vila do assentamento 17 de abril em Eldorado dos Carajás, ainda escuta-se muitas histórias sobre a marcha que culminou no massacre da curva do S, na rodovia PA 150, em Eldorado do Carajás, há 15 anos. Os sobreviventes ainda têm dúvidas quanto ao número oficial de mortos divulgados pelo Estado, pois há crianças, homens e mulheres desaparecidos que não estavam na lista dos mortos e, tampouco, foram encontrados depois. As marcas do massacre persistem tanto na simbologia da conquista das cinco fazendas, parte das 15 existentes no complexo Macaxeira, quanto no corpo dos mutilados ou na cabeça de muitos que viveram aquele 17 de abril de 1996.
“Foi a tarde mais sangrenta da minha vida”, recorda Haroldo Jesus de Oliveira, o primeiro sobrevivente a conversar com a reportagem. Quem o vê trabalhando atencioso e calmo na Casa Digital 17 de abril, monitorando jovens e crianças no manuseio da internet, não imagina as recordações que ele guarda. “Acordamos felizes naquela manhã do dia 17, pois o Coronel Pantoja, junto a uma comissão, do então governador Almir Gabriel (PSDB), disse que daria os ônibus para que fossemos até Belém, onde pressionaríamos o governo para desapropriação dessas terras. Inclusive, já tínhamos desobstruído a rodovia na noite anterior, já que esse era nosso acordo, e preparado a alimentação para as famílias que participavam da marcha”, diz Oliveira.
Onze horas da manhã venceu o prazo do acordo, e em vez de chegar os ônibus, que levariam cerca das 1,8 mil famílias da marcha, chegou o batalhão da Polícia Militar, o que fez com que as famílias retomassem a estrada. “Eu me lembro como se fosse hoje. Estávamos de prato na mão, almoçando, sob uma chuvinha leve, um sereninho bom. Muitos homens começaram a descer dos ônibus da polícia e montar o acampamento, por volta de três da tarde, e ficaram cerca de 90 minutos preparando-se, como se fossem para uma guerra”, relata Oliveira.
Depois de estabelecidos os policiais no local, a mesma comissão disse que não providenciaria os ônibus e que tinha ordens do governador para retirar as famílias da via. “Nós nunca pensamos que poderia acontecer aquilo. Perto das 17 horas, começaram a jogar bombas de efeito moral contra as pessoas e a atirar no chão. Pessoas tomavam tiros nas pernas e caiam. Mas aqueles que iam para cima, eles atiravam no peito mesmo”. A carnificina começou naquele momento e pelas contas de Oliveira durou cerca de cinquenta minutos.
“Tive que sair pelo chão me arrastando para o miolo de gente junto à água da chuva, que se misturava com sangue, tinha muita gente no asfalto ferida, gritando, chorando...”, lembra emocionado Oliveira.

Amanhece no assentamento 17 de abril e, enquanto, muitos agricultores já estão na roça, as 7h, começa a entrada das crianças na escola que leva o nome de Oziel Alves Pereira, sem-terra de 17 anos espancado até a morte no hospital pelos policiais, por gritar palavras de ordem do MST, na noite do dia 17 de abril, em Curianópolis (PA), para onde foram levados os feridos.
Zé Carlos, companheiro de linha de frente junto a Oziel no dia do massacre, confere a mochila do filho na frente da escola, passa algumas recomendações e o beija ao se despedir. Sobre o dia da chacina, que lhe custou uma bala alojada na cabeça e a perda de um olho, Zé Carlos é enfático: “utilizaram-se de táticas de guerra”. Zé lembra que um caminhão que estava parado na estrada, por causa do bloqueio, foi oferecido às famílias como proteção. “O motorista chegou e disse: ‘vou atravessar esse caminhão na pista para ajudar vocês’. Mas estranhamente toda a ação policial iniciou-se atrás desse veículo, sendo o escudo principal deles, tapando nossa visão. Foram os policiais que pediram”, garante.
Zé conta que os policiais vinham do sentido de Parauapebas e Marabá, ambas cidades paraenses interligadas pela rodovia, além dos que saíam do meio da mata dos dois lados da pista. “Nos cercaram para matar mesmo, pois vinham de todas as direções atirando”. Segundo Zé, é difícil para quem esteve no dia aceitar o número de apenas 21 mortos ditos pelo Estado.“Isso é brincadeira. Morreu muita gente, entre homens, mulheres e crianças. Vi muita gente morta, não pode ser, Tenho até medo de falar, deixa isso para lá. Mas garanto que foi muito mais”.

Ao apagar das luzes

Como se um espetáculo tivesse acabado, ao anoitecer no dia 17 de abril, as luzes do município de Eldorado do Carajás foram apagadas e seu cenário de morte, desmontado. Essa é a sensação que teve a jovem Ozenira Paula da Silva, com 18 anos na época do acontecido. “Apagaram as luzes para desmontar o que tinham feito, para limparem a via. Jogavam corpos e mais corpos em caçambas de caminhão, que tomavam rumos diferentes”.
Após os primeiros disparos, Ozenira só teve tempo de pegar os seus três filhos, todos com menos de cinco anos, e correr para a mata ao lado, percebendo momentos depois que tinha sido baleada na perna esquerda, na altura da coxa. “Tinha muita gente escondida na mata, próximo às margens da rodovia e foi justamente essas pessoas que viram muitos corpos sendo desviados para fora do caminho do Instituto Médico Legal (IML), de Marabá, para onde eram levados os mortos”.
Ozenira diz que algo lhe intriga até hoje. “Depois que terminou a matança, uma criança branquinha de uns dois anos foi achada na escuridão do mato, aos prantos, por uma mulher que procurava seus familiares. Essa mulher a recolheu. Sei que essa criança viveu com ela bastante tempo em Curianópolis, mas depois perdi o contato”.
Onde estariam os pais da criança naquela noite? Ozenira responde: “Não tenho como provar, mas tenho quase certeza que estavam em algum caminhão de remoção de cadáveres”, finaliza.

O massacre continua

Poucos mutilados receberam seus direitos de indenização e até hoje, quinze anos depois, muitos nem recebem a pensão mensal de R$346. Ozenira é uma delas. “Fui atendida no hospital apenas no dia do acontecido, depois nunca mais tive atendimento médico, tenho dias de dores horríveis e outros de dormência na perna”, conta.
Já Zé, hoje aos 32 anos, foi um dos únicos a receber, em 2008, uma indenização de R$ 85 mil reais, mais a pensão mensal no valor citado acima. Hoje vive do que seus irmãos plantam em seu lote, já que tem dificuldades para trabalhar em função das sequelas do tiro na cabeça.
Mas, um caso em especial entre os mutilados chama a atenção. Mirson Pereira, um dos únicos que conseguiu uma cirurgia, no Hospital Regional de Marabá, para retirar uma bala alojada na perna esquerda. “Pensei que seria o fim das dores, mas quando voltei da sala de cirurgia o médico disse que havia errado e feito o corte na perna errada, disse que no outro dia realizaria o procedimento na perna certa, mas desisti, fiquei com medo e saí do hospital”. Pereira continua com a bala na perna e ainda aguarda sua indenização.
O descaso do Estado brasileiro em relação ao massacre de Eldorado dos Carajás já gerou contra o governo um processo, em 1998, na Corte Interamericana de Direitos Humanos, com sede nos Estados Unidos, feita pelo Centro pela Justiça e o Direito Internacional (CEJIL). “O governo brasileiro agiu de duas formas quando foi notificado pela entidade internacional. Primeiramente, culpou os próprios marchantes pelo ocorrido e, num segundo momento, por força da opinião pública, disse que já fazia coisas no assentamento, o que compensava o ocorrido”, explica Viviam Holzhacker, advogada assistente da CEJIL, que acompanha o caso.
No entanto, por pressão internacional, a advogada diz que o governo brasileiro aderiu a um processo, recentemente, de buscar acordo com os mutilados. “São feitas propostas de ambos os lados até chegar a um acordo. Deve levar mais uns cinco anos para ser resolvido o caso de todos”, explica.
Diante deste imbróglio, na ausência de um tratamento médico adequado que cuide do corpo e da mente dos participantes da marcha, Índio, um dos mutilados, com duas balas alojadas na perna esquerda desabafa: “Aconteceu o massacre em 1996. Mas ele terminou? Não! Pois esse grupo [do assentamento] ficou apenas porque o Estado não deu conta de matar no dia. Ficamos para contar a história, sofrer e ir morrendo aos poucos num massacre diário, que só terminará por completo com nossa morte”.

LINK do Jornal Brasil de fato: http://www.brasildefato.com.br/

quarta-feira, 9 de março de 2011

MORRE PHIL VANE - VOCALISTA DA BANDA EXTREME NOISE TERROR




Phil Vane, vocalista da banda inglesa EXTREME NOISE TERROR, faleceu no dia 21 de fevereiro, vitima de A.V.C.Um dos mais emblemáticos vocalistas da cena Punk Hardcore, Phil foi o precursor do que hoje chamamos de Crust-Core, ou seja, uma versão ainda mais rápida, pesada e barulhenta do Hardcore “convencional”, onde a sonoridade pode mesmo se comparar ao que seria o apocalipse, já que a massa sonora é quase ensurdecedora. Phil montou o EXTREME NOISE TERROR em 1985 junto á Dean Jones (vocal), Pete Hurley (guitarra), Jerry Clay (contrabaixo) e Pig Killer (bateria). A banda causou boa impressão no meio alternativo da época, devido ao fato de tocarem um som mais agressivo do que o “normal” além possuírem dois vocalistas, algo raro na época e que influenciou várias bandas desde então. Phil ainda fez parte da banda DISCHARGE, outro ícone do Hardcore Punk mundial, na fase em que foi gravado o LP Victmis Of War.
Phil Vane era co-autor das letras juntamente à Dean Jones, sendo que várias de suas musicas já se tornaram clássicos dentro da cena Punk como “Work For Never” (trabalhar por nada), “We The Helpless” (nós, os indefesos), Third World Genocide”(genocídio no terceiro mundo,entre outras. As musicas de Vane demonstram certa preocupação política quanto á exploração do homem pelo homem. Argutos críticos do capitalismo, o EXTREME NOISE TERROR fez escola ao influenciar varias bandas brasileiras como é o caso dos RATOS DE PORÃO, que inclusive gravaram uma versão de”Work For Never” em seu disco RDP VIVO.
Phil Vane será velado no dia 15 de março, no Colney Woodland Burial Park, em Norwich, Inglaterra. O blog DECIBÉIS ALTERNATIVOS solidariza-se com a família e os integrantes da banda neste momento. Que Phil Vane descanse em paz.

P.S. Fiquei estarrecido ao saber da morte de Phil. Sou fã do Extreme Noise Terror e a banda foi uma de minhas influências musicais. Em 1995, quando fiz parte da banda VIDAS SECAS, tocávamos o cover de “Work For Never”. Também não esqueço minha felicidade ao comprar o cd ‘The Peel Sessions” da banda na galeria do rock na cidade de São Paulo, em 1996.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

PÃO COM DUREX - PUNK ROCK





A banda toca um Punk rock simples, direto, com letras retratando o cotidiano brasileiro”... Quantas vezes não lemos em resenhas de cd´s este tipo de comentário ?? inúmeras vezes. Mas no caso do PÃO COM DUREX, a máxima pode ser levada à sério!!!! Punk rock é um som simples, direto, rápido e certeiro!!!! E estes rapazes de boa esperança sabem dar conta do recado!!!
Mas antes de dissertar sobre o cd demo dos punk rockers de boa esperança, vamos à uma pequena estória... Estava eu terminando minha aula de cidadania e ética no Propac I quando um aluno, de camiseta do Ramones(e era do filme “Rock and Roll High School, portanto não é qualquer camiseta do Ramones!!), me perguntou se eu não falaria sobre a ética dos movimentos urbanos juvenis... achei interessante a proposta. Começamos a falar sobre punk rock, hardcore, e ele me disse que tinha uma banda, de nome curioso: PÃO COM DUREX ! Qual não foi minha surpresa ao baixar na net o som dos malucos de boa esperança e me deparar com um deja vu(aquela sensação de já ter visto algo antes, que a gente tem de vez em quando) e me senti transportado para as garagens minúsculas onde meus amigos tocavam nos anos 90(e eu também!!!) além da lembrança do som da época... quase não acreditei!! Fiquei pensando como é que uns caras que nem tinham nascido naquela época podiam fazer um som tão semelhante ?? bom, aí esta o mistério da musica!!!
Os ecos musicais do PÃO COM DUREX estão atrelados ao hardcore dos anos 80, aquele praticado por bandas como RATOS DE PORÃO, CÓLERA, LOBOTOMIA, GRINDERS, e por muitos outros mais!!! A devoção da banda pelos brasilienses do D.F.C. pode ser notada no modo rasgado e “cortado” de Adrian dar seus berros no microfone, já na abertura da demo com a música “Depois do fim”. já a guitarra de Alexandro, que é a cara do D.H. Peligro dos Dead kennedys, tem um timbre bem parecido com a de Johhny Ramone... e não podia ser diferente, veja o sabor ramônico de “falsos revolucionários”, estilo punk 77, música bem cadenciada e que lembra também os GAROTOS PODRES da época do LP “Pior Que Antes”. Mas ao se focar no hardcore mais “americanizado” (tipo Minor Threat), como nas musicas “Sua Hora”, “Merda de Vida” e “Desigualdade”, Alexandro se torna um torturador de professores de música ao depredar as notas musicais em velocidade máxima. O contrabaixo que esta á cargo de meu ex-aluno Rafael Ramone, ou como o chamavam na sala, Pão, martela ouvidos mais desavisados... Isso não quer dizer que Rafael não domine o instrumento, muito pelo contrário!!! Pela velocidade absurda de “desigualdade”, em seus mínimos 25 segundos, da pra notar o contrabaixo “sangrando” seus graves. E como o coração de uma banda é a bateria, não poderia deixar de falar de Josias que sacrifica sua bateria como se fosse um homem de cro-magnon (e isso não é insulto!!!), como pode-se notar em “sou eleito”, uma singela homenagem á um tipo de profissonal brasileiro, e na já comentada “desigualdade”.
As letras do P.C.D. são um caso á parte... misturando uma boa parte de protesto social, certa ironia e até sarcasmo(no bom sentido, é claro), os garotos de boa esperança mandam seu recado sem meias-verdades. È o que se faz de mais tradicional, e por que não, revolucionário, dentro do punk rock. Musica de três acordes que serve para acordar um povo e uma nação, com a sonoridade bravia e poesia primal. E, sinceramente, o Pão Com Durex esta fazendo bem o seu trabalho de “acordar” esta nação... duvida? Termino esta resenha com uma letra da banda:

Será que vai ser sempre assim?

Não acredito no que estou vendo
Tanta violencia acabando com o mundo
Vejo pessoas sem ter o que fazer
Vejo pessoas querendo morrer

Cada vez mais a ignorancia aumentando
Cada vez mais a miséria crescendo
Pessoas não tem onde morar
Pessoas não tem o que comer

Será que vai ser sempre assim? x4

Revolta!

Arte Alternativa - NIRVANA



Desenho digital elaborado pelo meu grande amigo Rodrigo Ramos. Além de criar imagens desse tipo, Rodrigo é editor do blog PORTAL PINK FLOYD. Não deixe de visitar em http://portalpinkfloyd.blogspot.com/


P.S. Clique na imagem para amplia-la.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

SHELTER – O Hardcore Em Nome De Krishna




Formada no inicio dos anos 90 na cidade de Nova York por Ray Cappo e John Porcell, a banda SHELTER foi responsável pelo surgimento do Krishna-Core, o hardcore com influências orientais relacionadas ao hinduísmo, principalmente no que se refere às letras das músicas. Ray e Porcell eram oriundos da seminal YOUTH OF TODAY, banda que se tornou um dos ícones do movimento straight edge e do hardcore nova-iorquino, escrevendo uma história à parte dentro do punk norte-americano: a busca por uma vida saudável e positiva, longe das drogas e da postura “procure e destrua” que nutria as gangues da época.
O SHELTER surgiu um tempo após o fim da YOUTH OF TODAY, e ao que parece, foi uma resposta ás perguntas existenciais que nortearam Ray Cappo neste momento. Ele fez uma viajem á Índia, e ao se deparar com a cultura hindu e todo seu misticismo, encontrou certo conforto espiritual nesta religião, ao qual se converteu e desde 1988 faz parte do movimento Consciência de Krishna. Paralelamente, Porcell sentia-se como um peixe fora d água, e em inúmeras entrevistas o guitarrista menciona este sentimento como um propulsor para sua conversão ao hinduísmo. Mesmo Porcell participando ativamente do Shelter como guitarrista, a banda sempre foi um projeto pessoal de Ray Cappo, que conseguiu traduzir de modo mais abrangente todo seu sentimento em relação ao mundo em que vive através das letras espiritualizadas e críticas.
Lançando seu primeiro álbum em 1990, denominado “Perfection Of Desire, ou em tradução livre, “Perfeição do Desejo”, o SHELTER iniciava seu percurso musical baseado na filosofia hindu dentro do hardcore. Algo realmente surpreendente, ao passo que as bandas não se preocupavam em analisar filosoficamente as questões existenciais humanas nesta época, e onde o grupo de Ray Cappo foi precursor. Musicas como “Society Based On bodies”(“Sociedade baseada em Corpos”), que questionam o sexismo exarcebado da sociedade machista e patriarcal e o arrefecimento do corpo perante á alma, bem como a canção homônima “Shelter”, quase uma oração dentro de uma batida fortemente marcada pela bateria, já demarcavam qual era o lugar á ser ocupado por esta banda dentro do heterogêneo mundo do hardcore. Vale a pena registrar que Cappo (Vocal),Todd Knapp (guitarra), Tom Capone (guitarra) , Dave Ware (Contrabaixo) e Bill Knapp(bateria) eram todos monges nesta época, e viviam em Nova Yorque. Os discos seguintes, “Quest For Certanity”(“Busca Por Segurança”) e “Attaing The Supreme”(“Atingindo O Supremo”), ainda é bem calcado na busca espiritual dos integrantes. È em “quest For Certanity” que John Porcell entra como membro efetivo da banda, sendo que também vivia como monge.
Era o inicio dos anos 90 e o SHELTER já consolidava seu nome dentro do movimento alternativo, fazendo turnês nos estados unidos dentro de um furgão velho. Realmente, quem já fez parte da cena hardcore sabe o que é viajar em condições não muito confortáveis, junto com um bando de garotos ávidos por tocar sua musica rápida e pesada pra um publico... hardcore! Com a gravação do quarto disco em 1995, denominado simplesmente de “Mantra”, o SHELTER torna-se mundialmente conhecido pela superexposição que o álbum obteve na mídia musical. Pessoalmente, considero “Mantra” um dos discos mais fabulosos gravados por uma banda de hardcore, pois uniu o som pesado com as questões individuais, existenciais e humanitárias que a banda já tratava em seus álbuns anteriores, mas conseguiu transcender em musicas como “Message of Bhagavat (“Mensagem do Bhagavat”) inspirado no milenar livro Bhagavat Gita , Here We Go” (“Aqui vamos Nós”) uma canção que tenta retratar o amor conjugal,“Empathy”(Empatia) que explana o conceito de empatia pelo outro e o confronto com o egoísmo humano; e a canção tema “Mantra”, esta mais melódica do álbum e evocando o mantra Hare Krishna. Essa “superexposição” ou “sucesso comercial” trouxe o SHELTER para tocar no Brasil em 1996 em São Paulo, Santos Recife, Curitiba entre outras; e em 1998 retorna em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Não é de se espantar que a banda, super-natureba, se esbaldou com as frutas e se declararam fãs de açaí!!!
A formação à partir de “Mantra” se estabiliza em Ray (vocal), Porcell (guitarra) , Adam Blake (Contrabaixo) e Dave DiCenso(bateria). Com esta formação será gravado no ano de 1998 o álbum “Beyond Planet Earth”(“Além do Planeta Terra”... eles estão cada vez mais introspectivos, não concorda ?!?) um disco que causou certo desconforto em fãs mais radicais pelos experimentalismos da banda. As influências musicais começam á aflorar neste trabalho, onde o surpreendente ska “Alone on my Birthday”(“Sozinho No Meu Aniversário”) pontua novos elementos musicais na banda. “Revealed in Refletion” (“Revelado em Reflexão”) é uma canção temática da banda em suas aspirações hindus. Mas o que irritou os fãs mais radicais foi a mixagem de “Man or Beast?”(Homem ou animal ?), que contou com uma versão mais techno
O século XXI traz o trabalho “When 20 Summers Past”, ou “Quando Vinte Verões Se Passarem”, trazendo o SHELTER mais conciso em suas músicas, realmente mais introspectivos que o disco anterior. “In the van Again” (Na van novamente) é uma música que relembra os tempos de furgão velho da banda que mencionei acima e o videoclipe ficou interessante. Na verdade, lembra mesmo os velhos tempos de se organizar shows(e que continuam hoje do mesmo jeito...). Destaco a música “Song Of Brahma” (Filho de Brahma”), onde Ray Cappo relata um incidente acontecido em um show na cidade de Bufallo nos E.U.A. em que ocorreu atos violência por parte de integrantes de uma gangue local.
Após a saída amigável de Porcell, a banda foi reformulada. A esposa de Cappo, Sri Kesava, assumiu a guitarra ritmica, e a guitarra solo ficou á cargo de Supregrass, um jovem de apenas vinte anos de idade. Sean Sellers foi escalado para a bateria e Dave Dicenso permaneceu no contrabaixo. Assim, a banda ressurge mais melódica e com uma sonoridade mais suave que nos discos anteriores. O disco “The Purpose, The Passion”(O propósito e a paixão”) traz á tona composições como “The Greater Plan”(“O grande Plano”) calcada no desejo que cada ser humano tem em si. Destaco também “Working Miracles”(“Realizando Milagres”), sobre a esperança de se encontrar algo sagrado na vida. Pessoalmente me identifico com ‘The Anatomy Of Us”(“A Nossa Anatomia”) e seu último verso...“Quando você construir uma casa com fundação de pedra , Ela será forte para a vida toda...”
“The eternal” (“A Eternidade”) é até agora, o ultimo álbum da banda. Ken Olsen é convidado para entrar como guitarrista, sendo que participa também de outro projeto musical de Cappo, BETTER THAN A THOUSAND. Lançado em 2006, é um paralelo entre todos os álbuns do SHELTER, com sua sonoridade hora melódica hora agressiva.
A música alternativa sempre teve a característica de aglutinar elementos que fossem um tanto quanto estranhos e ao mesmo tempo singulares, como no caso do SHELTER. Unir elementos da cultura hindu com o a musica ocidental demonstra que vários caminhos podem ser abertos e seguidos dentro do rock alternativo, quando se propõe á fazer musica honesta, pesada e diferente.
Hare Krisna!

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

EM CARTAZ:





Dia 20/02/2011 - Sob Controle Produções Apresenta:
STRIFE - Hardcore straight edge de Los Angeles
Abertura das bandas:
Questions-
Still X Strong-
One True Reason-
Take me Back-
LOCAL:
Inferno Club
Rua augusta, 501 (próx. ao metrô consolação)
São Paulo, Brazil
Ingressos: R$40,00 (1º lote)/ R$50,00 (2ºlote)* – R$60,00 (na porta)
Pontos de venda na Galeria do rock
Loja Flame, nº 222


OBS: Clique no cartaz do show para ampliar a imagem.

O Punk 90 E A Reinvenção Da Utopia Alternativa





A década de 90 do século XX revelou uma nova safra de bandas e ativistas dentro da musica alternativa, mais especificadamente dentro do hardcore/punk, e estes indivíduos recolocaram nos trilhos da musica underground as letras e a postura de extrema esquerda dos anarquistas e socialistas independentes, um tanto esquecida ou deixada de lado pelos baluartes do movimento que abalou as estruturas do estabilishment cultural do rock nos anos 70, onde a postura ganguista e niilista abarcou boa parte do pensamento e ações dos integrantes de bandas punks, no mundo todo, por assim dizer.
A história catártica do movimento punk é tão rápida quanto um fósforo aceso, mas, também, incendiária onde se encontra gasolina. Sua gênese esta nos subúrbios de Nova Iorque com os Ramones, Lou Reed, Blondie , entre outras bandas que freqüentavam o lendário clube CBGB, e também, as ruas da cidade norte americana. Concotamitetemente, em Londres, uma geração de outsiders, vagabundos de rua, ganguistas, artistas desacreditados iniciariam a mesma revolução musical, mas com uma conotação política radical. Bandas como The Clash e Sex Pistols, cabeças do movimento, cantavam o descontentamento com a realeza britânica e sua política conservadora. Anos mais tarde, na retomada da musica das ruas com o hardcore, no inicio dos anos 80, o punk nova iorquino volta com Agnostic Front e Youth Of Today, bandas com cunho ideológico diferenciado das bandas dos anos 70, por retratarem a realidade das ruas no caso da primeira e o posicionamento straight edge, o movimento que prega uma vida longe das drogas e do álcool, pregando ainda o veganismo radical, no caso da segunda. Inúmeras bandas como Bold, Straight Ahead, Sick Of It All, Warzone, corroborariam da mesma política pessoal. Mas a musica pesada não era mais privilégio dos nova iorquinos nos EUA... na Califórnia, bandas como Dead Kennedys, Circle Jerks, Bad Religion e black flag, juntamente á 7 Seconds, Minor Threat e NOFX, cada qual com sua temática, mais politizada ou mais critica, estas bandas sacudiram o cenário praieiro da costa oeste dos estados unidos. Em Londres, berço do movimento punk, o hardcore ressurgiria ultra politizado, com bandas como GBH, Discharge, Exploited, Extreme Noise Terror , Broken Bones, Varukers, punk de musica rápida, rasteira e de cunho sócio-político extremamente radical.
O mundo nunca mais seria o mesmo... agora, os pólos da musica agressiva não estavam mais nos focos dos EUA ou da Grã Bretanha... Japão, Itália, Espanha, México, argentina, Finlândia, e o Brasil tinham suas bandas e suas gravadoras independentes. Se o punk era sobre a desesperança, a miserabilidade, o desemprego, a falta de perspectivas, não foi a toa que o estilo repercutiu de maneira tão rápida nos país que ainda sofria com a ditadura militar e a repressão, ao passo que os movimentos sociais surgiam reinvidicando liberdades nunca “dadas” ao povo brasileiro. Chico Buarque e Drummond elogiaram a radicalidade do movimento, e Gilberto Gil não deixou por menos, compondo a musica “punk de periferia”. Mas, nos subúrbios de SP e do Grande ABC, como no sul do país, e em minas gerais e no RJ, borbulhavam bandas punks dos mais variados estilos. O punk direto de RDP, inocentes e cólera, o punk suburbano e de tendências proletárias dos garotos podres, o punk intelectual de Renato Russo e seu aborto elétrico, o punk irônico dos replicantes, e por aí vai... seria necessário mais do que este pequeno texto para retratar a quantidade e a qualidade das bandas punks do pais.
Nos anos 90, quando a musica alternativa dava passos gigantescos rumo ao estrelato, com o advento do grunge, bandas como nirvana, Pearl Jam , L7, Alice in Chains, mudhoney, chegavam ao topo das paradas das rádios, algo inimaginável nos anos 80, e ainda mais impressionante nos anos 90. Me lembro quando ouvi o nirvana pela primeira vez, na radio de minha cidade, na casa de um amigo. A minha reação foi de estupefação diante da melodia barulhenta de “smells like teen spirit”, e da voz esganiçada e estoura falantes de Kurt Cobain.
Mas havia uma alternativa ao alternativo... o que estava tocando na rádio era a musica pasteurizada e comercial, que não me agradava. Na época, eu era um moleque de 14 anos, que gostava de skate, política (por incrível que pareça) e de conversas sobre a existência humana. O diferencial eram as bandas do grunge, as quais sou eternamente agradecido por me mostrarem o outro lado da musica, e que representavam o rock primal e primitivo, de letras acidas e som ensurdecedor, o supra-sumo do era feito nas garagens da terra de tio Sam.
A alternativa ao alternativo era a cena punk hardcore que estava se refermentando nas mais variadas regiões do pais, e se me permitem ser exagerado, do mundo também. Na verdade, o punk hardcore nunca sumiu de cena, sempre esteve presente nos nichos undergrounds, mas havia algo sendo cunhado a ferro e fogo no inicio dos anos 90, que tornaria peculiar a década. Centenas de fanzines, revistinhas de xerox feitas por fãs de bandas ou por pessoas interessadas na cultura underground, pipocavam a cada momento em todos os lugares... extremamente populares nos anos 90, os fanzines eram baratos,custavam bem menos que R$1,00 e circulavam de mão em mão, divulgavam bandas independentes e também textos anarquistas, bem como de protesto social... foi a ferramenta perfeita para a divulgação das ideias do meio alternativo. Agora, o punk não estava restrito ao punk em sí, e no Brasil variações do movimento surgiam cm intensidade máxima. Straight edges, os vegetarianos radicais que não fumavam ou bebiam, formando suas bandas como No Violence, Leucopenia, Newspeak, Personal Choice... cada qual em seu estilo de hardcore, cada qual lançando suas demo tapes(fitas cassete em que gravavam ensaios ou shows ao vivo e eram comercializadas pelas bandas por correio, bons tempos em que esperar por quinze dias por um pacotinho especial era comum e extraordinário, ao mesmo tempo.), bem como cd´s e compactos. Anarco-punks, ultrapolitizados, que faziam suas manifestações nas ruas em panfletagens sobre questões políticas e sobre o anarquismo, participando de festivais aos quais as próprias bandas organizavam os mesmos, as quais eram Execradores, Lixo Urbano, Militofobia, Atack Epiletiko, entre muitas outras, além do lançamento de um disco histórico, cenas anarcopunks, fundamental para a insurgência do movimento. Iniciando também na sua ideologia esquerdista, estavam os SHARPS, ou skinheads against racism prejudice, na tradução, skinheads contra o racismo, facção socialista de jovens que aderiram ao movimento operário.
O hardcore nos anos 90 colocou em pauta o posicionamento pessoal de indivíduos que, por razões distintas, acreditavam que um movimento dentro da musica alternativa poderia ser um contraponto ao sistema capitalista, mesmo que fosse uma posição apenas cultural ou artistica. Além de que o hardcore é um estilo pluralista, pois abarca os mais variados sub-estilos da musica, dentro de seu proprio genero. O que moveu integrantes de bandas, ativistas das mais variadas matizes sejam straight edges, anarcopunks, skatistas, sharps, fanzineiros, organizadores de shows alternativos, ou apenas, e não menos importantes, fãs da musica pesada e agressiva do hardcore, foi a utopia de uma geração que ainda acreditava no poder revolucionário da musica. Por mais ingênuo que possa parecer, era o contexto vivido por estas pessoas, dentro de uma cena musical em que a realidade das ruas e da vida cotidiana é cantada em coro por seus bravos bandleaders. Fazer parte da cena hardcore me colocou em um lugar no mundo quando eu não tinha um lugar. Era minha utopia diária, minha crença no anarquismo, meu mantra espiritual e minha fúria de viver. Era um sentido quando não havia sentido. Era o reflexo de um jovem que estava se preparando para a maior batalha de sua vida:sua afirmação enquanto homem e indivíduo no mundo. Há muito medo e muita angustia nesta passagem. Mas muita ternura e muita beleza também.

Resistência política e cultural.

As nuances do rock alternativo são etéreas como os sulcos dos discos de vinil... Seja a musica rápida e rasteira do hardcore em qualquer um dos seus gêneros, ou pelo punk rock estilo serra elétrica com o amplificador no volume máximo e a distorção evocando canções e revoluções, nada mais simples do que a estética das anti-melodias criadas pelos anti-heróis da resistência musical sem vanguarda. Sejam bem vindos ao blog DECIBÉIS ALTERNATIVOS... Sonoridade nua e crua para ser apreciada e saboreada sem moderação...